quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Documentàrio - Invisible Children


Acabei de ver este documentário feito por três estudantes-activistas que, sem grandes ideias, dinheiro ou experiência, decidiram ir ao Sudão e gravar qualquer história que aparecesse.

Foi essa pureza que fez do documentário algo tão especial.

Normalmente, um documentário feito por estrangeiros sobre a situação vivida num determinado país, por mais dedicação que se tenha, acaba por perder, pela natural falta de compreensão das circunstâncias, em relação a um documentário feito por nativos. Mas neste caso, foram exactamente a constatação, aceitação e admiração das diferenças culturais, que tanto embelezaram a obra. Esta, difere das outras pela quase ingenuidade dos três americanos que, sem a pressão da expectativa nem "vontade sensacionalista de emocionar", colocaram justamente as questões mais simples, tão simples, mas que para as quais nenhum de nós teria uma resposta realmente certeira e resolutiva.

Maioritariamente em discurso directo, revela-nos um dos muitos grupos de crianças que, dos seis aos doze anos, em momento de guerra civil, foram raptadas e feitas soldados; a estas, de fácil manipulação e com tamanho ideal para uma boa camuflagem, foram entregues armas afim de cobrir a carência de homens nos grupos rebeldes.

Está um trabalho muito bonito que nos faz, pelo menos, reflectir sobre as nossas prioridades enquanto sociedade mundial, sobre a verdadeira essência do ser humano e sobre a nossa definição pessoal de tragédia.

Deixo o link do vídeo e do site que foi criado em nome das crianças protagonistas do documenário.

DOC
http://http//www.freedocumentaries.org/teatro.php?filmID=114&lan=en&size=big

SITE
http://http//www.invisiblechildren.com/homepage





sábado, 20 de novembro de 2010

Oficialização e difusão do alfabeto em Cabo Verde

Numa altura em se considera a adopção do crioulo como segunda língua oficial, começa, através dos órgãos de comunicação social do arquipélago, a ser divulgado o alfabeto cabo-verdiano.

A finalidade de toda a estratégia da apresentação, é a de tornar claro aos cabo-verdianos o princípio de que, no alfabeto cabo-verdiano, cada letra corresponde a um só som, bem como esclarecer algumas dificuldades em relação aos dígrafos que, na língua portuguesa, apresentam uma significado distinto em relação à Cabo-Verdiana.

Com a legislação, pretende-se ainda acelerar o demorado processo de oficialização do até então "dialecto", diminuindo o receio que os cabo-verdianos têm demonstrado em relação à leitura e à escrita do crioulo.

As letras são as seguintes:
A B D E F G H I J K L M N Ñ O P R S T U V X Y Z, enquanto que os dígrafos são: J LH NH TX. Estas mesmas letras e dígrafos possuem também representações em minúsculas. O alfabeto cabo-verdiano está publicado na I Série do Boletim Oficial Número 11, de 16 de Março de 2009.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quero de volta a vibe dos anos 90 :(

Mariah carey ft Bobb Deep- The Roof 1997


AZ, Foxy Brown and Nas- Firm Fiasco 1997


Brown Stone- If You Love Me 1995

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Nina Simone

Nina Simone- Cantora, compositora e grande pianista.
Versátil e intensa, passou pelo gospel, soul, blues, folk e jazz.
Uma activista pelos direitos dos negros e uma das primeiras negras a frequentar a conceituada escola de musica Juilliard, em Nova Iorque.
Foi perseguida ainda jovem, devido a uma das suas musicas que falava sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham.
Uma das mais apontadas como referência por inúmeros artistas contemporâneos.


Tou a sentir muito esta música, linda e da-me vontade de chorar
Grande letra e com instrumental "ridículo"

sábado, 1 de maio de 2010

1º De Maio

A origem do dia mundial do trabalhador

No dia 1 de Maio de 1886, milhares de trabalhadores saíram ás ruas de Chicago em manifestação contra a redução da carga horária para 8 horas diárias, o que levou à convocação de uma greve-geral em todos os Estados Unidos.

Os dias que se seguiram foram tudo menos calmos, tendo a policia morto, no dia 3, alguns manifestantes.
No dia 4, numa outra manifestação, foi lançada uma bomba por desconhecidos para o meio dos polícias que dispersavam a multidão. Morreram sete agentes em consequência da explosão.
A polícia abriu então fogo sobre os manifestantes, matando doze pessoas e ferindo outras dezenas.

Tais acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Por causa destes e dos adicionais incidentes em França ( a 1 de Maio de 1891, dez trabalhadores/manifestantes foram abatidos pela policia), foi proclamado em Bruxelas, dia 1 de Maio como O dia internacional do trabalhador; um dia de reivindicação de condições laborais.


Este ano, em Portugal, a celebração ficou marcada pela participação dos trabalhadores da indústria do sexo.

"Prostituição é trabalho sexual. Trabalho sexual é trabalho!" - Foram as palavras de ordem de quem quer ver a sua profissão, de uma vez por todas, legislada.

Vestiram-se de vermelho e distribuíram preservativos do Martim Moniz a Alameda. Integrados no movimento das Panteras Rosa e da UMAR, querem ser reconhecidos como pessoas e como trabalhadores do sexo.

No nosso país, a prostituição entre adultos não constitui um crime por si só, não havendo nenhuma lei que a regularize, é uma prática "tolerada". Existem no entanto, penas pela recolha de lucro através da prostituição de terceiros.

Resumindo; a legislação visa apenas impedir a prostituição forçada e o tráfico humano, nada faz para assegurar o bem estar da maioria, mantendo-os á margem da lei e da sociedade. A mesma sociedade que sustenta a prática com milhões de euros anuais, milhões, que por causa do tal "furo" na constituição, acabam nas mãos daqueles que estamos a tentar punir.

A Multiplicação dos Pais

No momento em que o casamento homossexual assume força de lei, a SIC exibe uma Grande Reportagem sobre os filhos de casais de pessoas do mesmo sexo.

Vi, e após termos discutido tanto o assunto do casamento e adopção por casais gay, achei que faria todo o sentido se a pusesse aqui.

Vale a pena ver. Nem que seja para por em causa certos conceitos que temos e damos por determinados.


sábado, 10 de abril de 2010

Centenas de activistas detidos durante um protesto anti-nucliar na Bélgica

Enfrentando o mau tempo, determinados a provar ao governo belga que não desistirão do seu sonho der ver uma Bélgica e um Planeta livres de armas nucleares, neste sábado, 3 de Abril, cerca de mil activistas anti-nucleares convergiram ao apelo da Vredesactie (campanha por um mundo livre do nuclear) para bloquear à base da Força Aérea belga de Kleine Brogel, no leste do país, onde os activistas acreditam que há armas nucleares estadunidenses armazenadas.

“O armazenamento de armas nucleares e a formação de pilotos belgas para o uso dessas armas são uma preparação para crimes de guerra”, disse um activista da Bomspotting.

Na acção aproximadamente 300 activistas da Bomspotting foram presos, incluindo dois jornalistas. Eles foram fichados e liberados em seguida.

A acção da Vredesactie foi amplamente apoiada por outros grupos belgas, como o Greenpeace.

Também, no mesmo dia, aproximadamente 150 pessoas participaram de uma vigília de silêncio Pax Christi, no final da pista dos jactos F-16. Leram-se poemas e guardou-se silêncio durante meia hora em respeito às vítimas do passado e futuras devido às armas nucleares.

A base de Kleine Brogel é alvo de demonstrações anti-nucleares durante muitos anos. Acredita-se que mais de 200 bombas atómicas são guardadas pelos Estados Unidos em países como a Bélgica, a Alemanha e a Itália.



Antinatoportugal

quinta-feira, 25 de março de 2010

Reforma no sistema de saúde americano

Foi finalmente aprovado pelo congresso, o projecto que assegurará a mais de 32 milhões de norte-americanos, até então "condenados" pela camada económica em que se encaixam, o acesso a cuidados médicos.

A criação do Cerviço Nacional de Saúde, é algo que incomoda não apenas os conservadores Republicanos, mas acima de tudo, as seguradoras que irão ver-se obrigadas a competir entre elas, garantindo um serviço justo e eficaz, com preços acessíveis e não-discriminatórios. Basicamente, vão ser obrigadas a começar a agir como seguradoras de saúde e não como porteiros de discoteca.

O novo pacote de leis, será ainda submetido ás habituais burocracias e claro ás contínuas contestações por parte de quem votou contra, mas, tudo indica que a América ultrapassou um sistema que representava, na minha opinião, uma das maiores vergonhas para o país mais influente do mundo e violava um dos mais básicos direitos do homem- O direito a saúde.

terça-feira, 23 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

A homenagem ao Snake

Contra todas as preces da comunicação social que chegou a sugerir a existência de um secreto plano de retaliação. E após uma semana de sensacionalismo que só serviu para desviar a atenção do que é realmente importante- A morte de mais um inocente por abuso policial, decorreu hoje, pacificamente e da qual me orgulho, a homenagem ao Snake.




R.I.P. Snake

terça-feira, 16 de março de 2010

Estou apaixonada por esta música

Com muito Soul, Dino-Mamã.




Nha Cretcheu Mamã

sábado, 13 de março de 2010

"And The Oscar Goes To....... EVERYBODY"

Neste momento, estou de pijama, a fazer a cara que me apetece, a andar pela casa da maneira que me apetece, a mexer-me como me apetece, a comer e arrotar sem pedir licença porque me apetece, e é isso que as pessoas fazem quando estão totalmente á vontade. Coisa que só acontece na plenitude, quando estamos totalmente sós.

- "Fala por ti, eu fico totalmente á vontade quando estou com quem amo!"

Não. Honestamente, se fizesses todas as "porcarias" que fazes (que toda a gente faz), na presença do teu amado/a.......
Acredita, ele/a não quer conhecer esse teu lado.
A não ser que só tenhas um lado, o significaria que nunca te dás permissão para seres tu, nem quando estás sozinha/o.

Não estou a dizer que nos tornamos pérfidos uma vez em contacto com outras pessoas, aliás, acredito piamente que uma relação saudável depende do quão á vontade e vulneráveis somos capazes de nos entregar a quem nos ama.
Digo, que há uma tendência natural no ser humano para agir conforme a personagem sempre que há público.

Pensem na pessoa mais engraçada que conhecem, aquela que traz sempre boa disposição ao grupo e tem sempre algo de hilariante para contar.
Agora imaginemos uma situação de conflito entre duas das pessoas do grupo, o que resulta numa atmosfera pesada. Ninguém fala e instala-se aquele ambiente. É nesse momento, que a personagem "engraçado", porque tem perfeita noção do seu papel no grupo, pensa rapidamente em algo e solta uma piada. De preferência das mais chocantes para reanimar até os que discutiram.

Mais uma vez, não estou a insinuar que o personagem "engraçado" não é genuinamente engraçado, o que digo, é que a graça dele não foi genuína. Podemos encontrar isto todos os dias e em várias situações.

Não há nada mais engraçado do que ir á discoteca e ficar num canto a observar todos os engraçados.

No grupo delas, destaca-se a minha preferida; a engraçada que encarna o papel Gostosa De Morrer: É sem dúvida a mais fácil de identificar; anda sempre cerca de um metro á frente das outras, passa 50% do seu tempo na casa de banho e sai sempre de lá com cara de mais gostosa ainda.
Depois, temos a engraçada Gordinha, que enfiou na cabeça que, por ser gordinha só lhe cabe mesmo papel de engraçada.
Por fim, A Dona Do Carro, que normalmente é a menos engraçada mas que impõe respeito por razões óbvias.
No grupo deles, passa- se mais ou menos o mesmo, com a diferença de que o Gostoso não se destaca necessariamente pelo físico, mas por outra coisa qualquer, igualmente superficial, mas outra coisa qualquer.

Claro, como todo o bom filme, é provável que os actores principais se encontrem no fim e vivam felizes para sempre.

Atenção, nada tenho contra o papel destes engraçados, até porque são normalmente muito bem desempenhados na sociedade.
Referi-me a eles, apenas por serem os que melhor evidenciam que somos todos actores do único filme realizado sem custos.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Brothers Lisboa Santos

Lágrimas- O disco que revelou, em 2009, duas das mais promitentes vozes angolanas.

Embora residentes na Bélgica, local onde foi gravado o disco em português, inglês e francês, os artistas não deixaram de se rodear de ritmos africanos, mantendo-se fiéis e a um estilo e swing muito nossos.

Deixo aqui o vídeo "I Want To Be Happy". Este, serviu de lançamento do álbum e catapultou a carreira dos dois irmãos, que contam já com dois dos seus singles tocados numa produção cinematográfica.

Deixo também parte da música "Fui Eu" retirada do disco de colaboração LÉS.

I Want To Be Happy


Fui Eu

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sicko

Vi este documentário já há algum tempo, lembrei-me hoje de o postar aqui depois de ver outro que também falava, apesar de não ser do americano, sobre sistemas de saúde.

Escolhi Sicko pela sua crueza. Michael Moore, levemente sensacionalista mas ainda assim, cru.
América- que se auto-considera o país da liberdade e respeito pela vida, é exposta neste filme como tendo um dos mais desumanos sistemas de saúde do mundo ocidental.

O que mais choca no documentário, é o facto de não se tratar de qualquer país do ocidente, trata-se do mais rico. Como é possível assistir, anualmente, numa das nações mais ricas do mundo, a cerca de 18 mil mortes por falta de seguro?

Após ver os dois documentários, perguntei-me se o nosso problema enquanto sociedade mundial, é o sistema monetário.
A resposta mais fácil seria- sim.
No nosso mundo, com o nosso sistema, pessoas morrem de pobreza.
Mas será mesmo isso?

A América conta com 3oo milhões de habitantes, de certo nem todos contribuintes, mas ainda assim, milhões. Na América morre-se por falta de seguro de saúde, porque o sistema assim é. O mesmo sistema que paga a cada soldado alistado perto de um milhão de dólares.

A França tem 64.5 milhões, pelas minhas contas, menos 235.5 milhões de habitantes que a América. E claro, nem todos são contribuintes.
Em França, assistência médica é gratuita.

Então mais uma vez; enquanto humanidade (e aqui não podem contar diferentes politicas, socialismos e imperialismos- falamos de vidas humanas, direitos básicos) será o nosso maior problema monetário?

Sicko pt1 Legendado

O Mor Negro

Criei este blog, o que exigiu muita energia e força de vontade da minha parte. Consequentemente, a mais sublime inteligência e o humor requintado juntaram-se e, após uma breve discussão resolveram não entrar.
Ainda assim, decidi e empenhei-me ao criar esta página de qualidade. Ok de qualidade também não digo mas é bastante agradável. Ou um pouco agradável.
Bom duma maneira muito particular.

Isto para dizer que, como método de elevação deste, já por si prodigioso, vou pesquisando e analisando outros blogs (eu sei, sou uma revolucionária destemida. Mais ninguém ousaria ir tão longe).
E foi numa dessas minhas impetuosas pesquisas onde encontrei o blog "O Mor Negro" (que por mera coincidência me tinha sido recomendado), e gostei muito.

Adorei a sensibilidade do autor, passo a citar- Alberto Monteiro.
Encantou-me a forma com que transforma um acontecimento quotidiano e aparentemente banal, em algo digno de um livro de banda desenhada, com direito a herói e tudo.

Um blog fresco com vibe de descontracção e muito senso de humor.
Então, em homenagem ao mesmo, aqui ficam o meu texto e props.
Deixo também o link para quem queira passar por lá.

http://omornegro.blogspot.com/

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Malcom x

Vi ontem o filme Malcom X e ponho aqui este excerto em vez do trailer porque, mais do que apresentar e explicar do que se trata, coisa que obviamente todos sabemos, aborda questões que foram por nós, discutidas e comentadas no texto Nós e o Nosso Complexo de Inferioridade. Nomeadamente a do "Negro da casa"-
Aquele que aceitaria a sua condição de inferioridade, e que, mesmo liberto fisicamente, convive com um sentimento que o diminui. Aborda também a questão dos nossos sobrenomes (que nunca foram nossos, mas sim outrora impostos a nós).

Acho que o excerto, apesar de não ser o trailer, se mantém fiel e reflecte bem a vibe do filme. Vai certamente incentivar-vos a ver ou rever uma grande biografia referente á nossa história.

Um filme de Spike Lee, que nos deu a conhecer o primeiro grande papel de Denzel Washington como protagonista. Entre outras, valeu-lhe uma nomeação da academia para Melhor Actor.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Muito bons

Davy Sicard- Ex membro do grupo "College Brothers" dos anos 90, lançou o seu primeiro trabalho a solo Ker Volkan em 2003, deste então conta com mais dois álbuns; Ker Maron (onde se pode encontrar o tema "Maloya Kabosé") e Kabar. Ambos produzidos pela Up Music.


Davy Sicard - Maloya kabosé
Enviado por paleopale. - Veja mais vídeos de musica, em HD!

Corneille- O ruandês esteve ligado á musica desde cedo. Participou numa compilação de R&B para a Sony Music em 2002, ano em que lançou o seu primeiro album; Parce qu'on vient de loin que conta com o single "Seul Au Monde". Desde então, trabalhou com artistas como Craig David, e lançou mais dois albuns; Les marchands de rêves e The Birth Of Cornelius.


Corneille - seul au monde
Enviado por djoik. - Buscar outros videos de Musica.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Abusos Sexuais e o Vaticano

Foi hoje divulgada a notícia de que o papa João Bento XVI se reuniu com os bispos e arcebispos irlandeses com a intenção de investigar inúmeras queixas de abuso sexual contra crianças.
As contestações, subsistidas sob sigilo durante os últimos 50 anos, foram oficialmente reconhecidas pelo Vaticano e examinadas pelo papa.

Nada tenho contra a igreja católica, aliás, não seria justo nem inteligente julgar uma instituição inteira baseada em comportamentos de uma minoria.
O que me incomoda é a impunidade de que aparentemente goza a ordem.
Apesar do secretismo que as ladeava, algumas das acusações eram já conhecidas por muita gente e claro, reivindicadas pelas vítimas. Porquê, e como é que se permitiu uma demora de 50 anos para o reconhecimento?
Nos E.U., como poderão ver no vídeo, foi criada uma espécie de polícia especializada em investigação de abusos por parte da igreja católica.
Acontece que se trata de uma das maiores, mais antigas e protegidas instituições do mundo. A maior parte dos casos acabaram por ser "arquivados".

No documentário que se segue, são relatados crimes e as "leis papais" que os mantiveram igualmente confidenciais durante décadas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

E para os ingênuos que acreditam que a vida, não deteriorada o suficiente, ficaria melhor se partilhada com outro miserável qualquer...

:) A linda voz de Sara Tavares.



Nha Cretcheu Keidje....

Dia de S. Valentin- Hoje tive que sair de casa. Não sou uma pessoa de odiar mas...lol

Este video vai para todas as minhas sisters, lindas, got it goin on, solteiras que hoje sentiram que o mundo se juntou só para irritar.
- Aquelas amásias a desfilar com o seu ramo de flores (alguns bem feios por sinal), os restaurantes cheios de quem não tem nada melhor para fazer do seu domingo (está frio, porquê que não ficaram em casa?), aqueles casaizinhos de mãos dadas tipo o outro vai fugir (ainda não percebi porquê que as pessoas andam de mão dada, aposto que em casa não se tocam), aquelas lojas com cartazes do tipo: -Se não entras aqui para comprar algo fofo...single bitch, you aint shit!
Anyway, o video.:)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nós e o Nosso Complexo de Inferioridade

Começo por dizer que sou orgulhosamente angolana, o que me confere não apenas legitimidade, mas também o dever de falar sobre isto – sim, acabei de inventar tal lei; o ser humano possui o direito e a moral de criticar o país de origem, bem como os seus patrícios sem que estes lhe caiam em cima.

Posto isso, passo a confessar que muito me entristece a doença de que padece parte dos angolanos, eu diria africanos em geral ,mas como não tenho imunidade com os outros países, fico-me só por Angola.

Fomos propriedade portuguesa durante muito tempo, isso é um factor a levar em conta, é certo que não podemos esquecer os anos de guerra colonial e civil, compreende-se que num país com tantos recursos naturais se forme uma espécie de elite que retém grande parte dos bens; tudo isto contribui para uma sociedade com baixa auto-estima.

Mas, o que também compreendo e mais me intriga, é que os doentes não são aqueles que presenciaram a guerra e cujo lhes foi imposta submissão.
Os mais combalidos são os que passaram algum tempo, estudaram ou mesmo cresceram no exterior e hoje voltam para Angola.

Nunca desvalorizando o nosso esforço, não posso deixar de me exprimir acerca de algo que me parece inegável, importante, e do qual aparentemente não queremos falar. Refiro-me ao sentimento de que nunca somos bons o suficiente, de que os brancos são sempre superiores, de que uma empresa boa é composta maioritariamente por brancos, um “bom partido” tem B.I. amarelo, um bebé bonito é de certo mulato, para sermos educados temos que forjar um sotaque português....... (sabemos que esta lista podia ir para sempre).

É impressionante, nós somos os primeiros a fazer esse tipo distinções.
Antes de nos diminuírem, já nos colocamos em posição inferior.

Mais uma vez, escrevo isto porque me entristece e estou farta de ouvir “as tias” dizer para arranjar um homem que não atrase a raça, estou farta de ver amigas minhas “atrás de filhos com caracóis”, estou muito farta de ver TPA com aquelas senhoras quase a partir o maxilar para serem finas, etc.

Manos, foi um caminho tão longo e sofrido, porquê que não conseguimos agora honrar isso?
Para quê lutar tanto tempo por igualdade, se agora somos nós que não nos conseguimos sentir á altura?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Ciência do Mal

Há dias tive uma "discussão" com a minha mana Symo sobre maldade. Será que existem pessoas meramente más?
Se partindo do princípio que sim, essa maldade já nasce connosco ou é consequência de um ou vários factores?
E se partindo do princípio que não,será a maldade extrema e sem remorsos um indício de loucura?
Vi este documentário que aborda exactamente isso...Gostei muito.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Caso Watergate "a acção jornalística do século".

Este caso foi um dos mais falados de todos os tempos pelo seu conteúdo escandaloso.
Envolvia supostamente pessoas de poder, ocupantes de altos cargos políticos, e destes esperava-se rectidão. O desenrolar do caso foi igualmente apelativo, resultando na renúncia do então presidente americano.
Pelo carácter da noticia, a veracidade e especificidade da informação divulgada foram cruciais. Logo, sem o talento, persistência, alta disciplina e sem dúvida coragem dois jornalistas (Woodward e Bernstein) a história, se uma vez com informações contraditórias ou distorcidas, seria facilmente desvalorizada e até posta em causa.
A divulgação deste caso serviu de inspiração para o tão conhecido filme Todos Os Homens Do Presidente, obra de referência para qualquer estudante de jornalismo, principalmente se na área de investigação.

Trailer

Gay marriage - Concordo loll

A música é linda. A actuação é poderosa

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo e o Direito De Adopção por esses Casais.

Foi ao ler uma das edições da revista Focus, que me deparei com uma frase escrita a negrito cujo podia ler-se o seguinte: “Gays impedidos de dar sangue”.Na mesma página encontrava-se então o corpo da notícia e a respectiva discussão por parte dos leitores.
Apesar de inconstitucional e só há pouco admitida pelo ministério da saúde, trata-se de uma notícia real. No acto de doação, é feito um inquérito ao candidato afim determinar se este é ou não um dador de risco(no que toca a DST`s como o HIV). A orientação sexual “certa” é crucial. Isto faria sentido não fosse pelo facto de que estatisticamente os “grupos de risco” não são os homossexuais mas sim heterossexuais na casa dos vinte, e de que todo o sangue é obrigatoriamente testado antes de qualquer administração.
Posto isto, fico com uma dúvida: Em que se baseia esta regra?

Somos um Portugal de raiz católico-cristão, os nossos valores culturais direcionam-nos para o casamento e procriação, a homossexualidade é sem dúvida algo que desafia profundamente a nossa educação. A simples aceitação pública foi complicada e gradual. Criaram-se mitos de dificílima dissipação porque o conceito de homossexualidade foi, e é, por efeito do hábito, coadunado a promiscuidade. Ser-se promíscuo, aos olhos do Deus cristão, significa levar uma vida de pecado, neste caso, o da luxuria; o mais grave dos sete vícios capitais e do qual se extrai preverção suficiente para se perder o lugar no paraíso eterno.
Todavia, estamos com os pés em 2010, já a maioria de nós vê (genuinamente ou não) a homossexualidade como algo natural. O mesmo não acontece quando se fala de casamento entre pessoas do mesmo sexo; é aqui onde o preconceito é transposto por um conflito maior.


O casamento como o conhecemos, monógamo e heterossexual, foi criado pelo Catolicismo e só então tornado instituição e regulado pelos governos - O chamado casamento civil. As condições deste contrato muito pouco diferem das ideologias cristãs; a união deve ser entre pessoas de sexo oposto, adultério é algo punível e procriação é o objectivo principal, seguindo-se a partilha de bens, etc.
Durante séculos, o casamento não passou de isso mesmo – um contrato feito entre famílias tendo como finalidade o benefício mútuo, fosse este monetário ou social. Na maior parte das vezes os noivos em questão estavam, como é de se esperar, longe de sentir amor um pelo o outro.
Amor, passou a ser um requisito essencial para se casar há relativamente pouco tempo.
Com a possibilidade de regulamentação do casamento gay, os “protectores” da instituição, temem assistir a mudanças radicais na ideologia; este deixará de ser exclusivamente heterossexual e o “tal” objectivo principal deixará de ser a multiplicação. Em adição, a percepção do homossexual como um ser monógamo não é fácil.
Em primeira análise, parece obvio que procriar não pode ser o objectivo de um casal em que ambos são do mesmo sexo, a verdade é que procedimentos como inseminação intra-interina e vertilização in vitro, são já, muitas vezes por infertilidade, uma realidade de muitos portugueses. Isto guia-nos então para o próximo assunto em discussão- Adopção por parte de casais homossexuais.

Imaginemos que um grupo de casais gay, uma vez em pleno exercício de direitos básicos como liberdade e igualdade (em situação de cônjuge),decidem lutar pelo direito á adopção.
O tema da adopção, é de longe mais delicado e complexo do que o do casamento, na medida em que deixa de ser apenas um julgamento moral sobre a escolha de dois adultos, para se reflectir então sobre a vida e desenvolvimento de terceiros (as crianças a adoptar).
Logo, estas questões nem sequer deveriam estar a ser discutidas em simultâneo, como se de uma só se tratasse. O que foi, estrategicamente, feito pelos “defensores do referendo”.
Há países em que o casamento gay é legal sem que a adopção o seja, e há países em que a legislação “chegou” primeiro á adopção, e só depois á união de facto.
É frequentemente argumentado que uma criança separada dos pais biológicos, padecerá de certos traumas e, em muitas situações, de baixa auto-estima, consequentemente pode ser muito penoso para o mesmo, ter de crescer e conviver com o estigma de ser filha/o de homossexuais.
Põe-se também a questão das “figuras modelo”. Certas pessoas defendem que o desenvolvimento normal de uma criança passa, necessariamente, pela sua interacção com uma figura masculina e outra feminina. Sendo ambos os educandos do mesmo sexo, a noção de homem/mulher é desenvolvida de forma distorcida ou mesmo errática.
Apesar das leis actuais proibirem a adopção por parte de casais do mesmo sexo, estas podem ser facilmente contornadas. Suponhamos que me encontro numa relação gay e logo, não posso adoptar juntamente com a minha companheira, nada me impedirá de adoptar “sozinha” e viver, cuidadosamente, com a minha nova família. Igualmente, não há nada que me impeça de engravidar por inseminação artificial ou contratar uma barriga de aluguer.
Presumo então, que neste momento, e apenas sem a protecção da lei, existam já inúmeras famílias “gay”, e não me parece que estatisticamente, as respectivas crianças se desenvolvam de forma menos saudável do que os crescidos dentro do modelo de família convencional, somente por serem filhas/os de homossexuais ou mesmo criadas por mãe e avó, pai e avô, mãe e tia, apenas mãe, pai etc.
E afinal, como podemos nós, por um lado, desejar igualdade, aceitação e progresso se, por outro, concordamos de forma quase unânime que uma criança adoptada por homossexuais será estigmatizada? Por quem exactamente? Estigmas, somos nós, adultos, que os criamos e perpetuamos. As mudanças começam com um e são seguidas por quem, do mesmo modo, realmente quer mudar.